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Críticas (40)
- Skeleton Crew mostra que não é preciso grandes eventos para contar uma boa história | Crítica
Série de Star Wars encanta com aventura infanto-juvenil simples, guiada pelo carisma de seus personagens (Lucasfilm/Divulgação) Não é novidade que os fãs de Star Wars são os mais difíceis de agradar. Mesmo com sucessos em sequência, como The Mandalorian , Andor e Ahsoka , bastou uma produção mais controversa como The Acolyte para uma revolta generalizada tomar conta das redes sociais. A reação acalorada (e até um pouco exagerada) dos fãs à The Acolyte acendeu um sinal de alerta em cima do projeto que viria na sequência, afinal, se uma série que prometia mostrar grandes conspirações e mistérios e que contou com vários cavaleiros Jedi, alguns dos melhores duelos de sabres de luz da franquia e cenas pós-créditos antecipando a chegada de Darth Plagueis e do mestre Yoda não agradou, ao ponto de ser cancelada, que chance teria Star Wars: Skeleton Crew , uma série com um tom mais infantil e que acompanha um grupo de crianças perdidas pela galáxia, enfrentando piratas espaciais, sem nenhuma conexão com personagens conhecidos? Mas pelo jeito estamos na "Era das Produções Desacreditadas", pois tal qual Agatha Desde Sempre , na Marvel, ou Pinguim , na DC, Skeleton Crew surpreende como uma das melhores produções de Star Wars . A trama simples e contida, que buscou inspiração em grandes clássicos dos anos 80, mostrou ser um enorme acerto, nos lembrando daquela boa e velha magia infantil que encanta o universo de George Lucas desde sua criação. A série acompanha o grupinho de crianças formado por Wim ( Ravi Cabot-Conyers ), Fern ( Ryan Kiera Armstrong ), Neel ( Robert Timothy Smith ) e KB ( Kyriana Kratter ), vivendo suas vidas comuns de estudantes no pacato planeta At Attin . Tudo muda quando os quatro descobrem e acidentalmente ativam uma antiga nave que estava enterrada. Agora, perdidos nos confins da galáxia muito, muito distante, as crianças precisam enfrentar vários perigos como piratas, monstros gigantes e até X-Wings para encontrar o caminho de casa. Para isso, elas contam com a ajuda de um misterioso e malandro usuário da Força chamado Jod Na Nawood ( Jude Law ). Desde que Luke Skywalker deu as caras no episódio final da segunda temporada de The Mandalorian , o foco da Lucasfilm para suas séries tem sido contar histórias grandiosas (como o retorno do Almirante Thrawn), com produções conectadas ao melhor estilo Marvel, apostando nas participações especiais de personagens consagrados. Quando tentou fazer algo em menor escala com O Livro de Boba Fett , a trama não se sustentou e foi preciso que Pedro Pascal sequestrasse dois episódios da produção para evitar que a série se tornasse “esquecível”. Felizmente, Skeleton Crew veio para mostrar que na imensa galáxia de Star Wars há espaço para todo tipo de narrativa e todo tipo de personagem. (Lucasfilm/Divulgação) Criada e produzida pela dupla Jon Watts e Christopher Ford ( Homem-Aranha: De Volta ao Lar ), a série, apesar de se situar no mesmo período temporal de outras produções do chamado mandoverso , não está nenhum pouco interessada em servir de escada para a próxima produção. Longe das conexões com Skywalkers, mandalorianos, Siths, impérios e rebeliões, a série consegue trazer novos ares para o universo de Star Wars , mesmo bebendo da fonte de dezenas de filmes e séries que já vimos antes. Em Skeleton Crew , Watts e Ford deixam de lado as referências a outros filmes e séries da obra de George Lucas e fazem uso de outro tipo de nostalgia. A produção se inspira em grandes clássicos do cinema como Os Goonies (1985) e E.T. - O Extraterrestre (1982) e até em Stranger Things (2016-), numa espécie de carta de amor à década de 1980. Trazer crianças para o centro da narrativa foi com certeza uma decisão ousada, pois mesmo com o apelo infantil fazendo parte da essência de Star Wars desde sua origem em 1977, muitos fãs sempre torceram o nariz para a presença de crianças e elementos infantis na franquia, vide a recepção negativa à personagem como os Ewoks, Jar Jar Binks, o jovem Anakin Skywalker e mais recentemente a versão criança da Princesa Leia, vista na série Obi-Wan Kenobi . Isso se dá porque na maioria das vezes, produtores e executivos tendem a confundir infantil com bobo (sim Obi-Wan Kenobi , ainda não nos esquecemos da famigerada cena do casaco). Skeleton Crew , no entanto, evita essa armadilha e faz do quarteto infantil o grande destaque da produção. As quatro crianças entram facilmente no Hall dos melhores personagens de Star Wars . Maravilhados com cada canto desse universo, os astros mirins são a representação dos fãs em tela, equilibrando perfeitamente o deslumbre pela exploração de um mundo completamente novo com o medo do desconhecido. A galáxia é um lugar hostil e o principal acerto da série é não fazer de Wim, Fern, Neel e KB pequenos gênios que conseguem resolver todos os problemas facilmente. Eles erram, eles se atrapalham, eles brigam e aprendem como qualquer criança, tornando muito mais fácil nos conectarmos com cada uma delas. A série deixa claro que quatro crianças perdidas no espaço com certeza não sobreviveriam, pelo menos não sem ajuda. Ao longo dos episódios, as quatro se encontram com os mais diversos habitantes da galáxia muito, muito distante que as ajuda na jornada de volta para casa. Entre esses habitantes está o misterioso usuário da Força vivido por Jude Law. (Lucasfilm/Divulgação) Jod Na Nawood é o clássico cafajeste espertalhão que sempre está metido em encrenca, mas sempre arruma um jeitinho de escapar. Jod é quase uma mistura de Han Solo com Lando Calrissian , imprimindo uma dualidade moral que deixa difícil definir se devemos amar ou odiar o personagem. A química de Law com o quarteto mirim é excelente, com o personagem alternando entre ser uma espécie de mentor para as crianças e um antagonista que precisamos ficar de olho a todo o momento. Essa dificuldade em definir Jod como sendo um herói ou um vilão faz do personagem uma das mais interessantes adições às produções recentes de Star Wars . Ao final da série lamentamos o fato de apenas termos ouvido falar sobre seu passado, mas podemos nos alegrar, pois caso uma segunda temporada venha ser confirmada, com certeza veremos um flashback de Jod. Star Wars: Skeleton Crew mostra que não é preciso grandes eventos para contar uma boa história. Uma aventurinha rápida e divertida, cujo único objetivo é nos fazer voltar a ser criança às vezes é tudo que precisamos e o que pode remeter mais à infância dos fãs do que a imagem de um criança brincando em seu quarto com bonequinhos de Jedi, ou desafiando seu amigo para um duelo de sabres de luz invisíveis. A audiência da série pode ter sido baixa, mas a recepção positiva da crítica e principalmente do público pode fazer a diferença para que o anúncio de uma segunda temporada seja realizado. Resta aguardar e torcer para acompanharmos as novas aventuras dessa carismática e divertida turminha.
- Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania busca a grandiosidade, mas falha ao apostar na segurança | Crítica
Filme da Marvel acerta com novo vilão, mas frustra pela falta de consequências. Desde que foi apresentado para o público em 2015, as aventuras do Homem-Formiga ( Paul Rudd ) nunca foram vistas com entusiasmo pelos fãs da Marvel. Seja porque seus dois primeiros filmes foram lançados logo após um filme dos Vingadores ou por apresentarem tramas mais intimistas e ameaças menos apocalípticas. Ao ser escolhido para dar inicio a Fase 5 do Universo Marvel, Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania tinha como objetivo mudar esse cenário apostando em uma história muito mais grandiosa e complexa, mas o medo de que o público estranhasse a mudança de tom na trilogia mantem o filme numa zona de conforto que acaba prejudicando os próprios personagens. Na trama, vemos Scott Lang colhendo os frutos de ter salvado o mundo em Vingadores Ultimato (2019) . Scott agora é uma celebridade reconhecida por todos, escreve livros sobre suas aventuras e parece ter encontrado equilíbrio em sua vida ao lado de sua parceira Hope Van Dyne (Evangeline Lilly) e da filha Cassie (Kathryn Newton) , agora adolescente. A aventura tem início, quando toda a família, incluindo os veteranos Hank Pym (Michael Douglas) e Janet Van Dyne (Michelle Pfeiffer) são sugados para dentro do Reino Quântico . Ao optar por explorar este novo universo, o diretor Peyton Reed e o roteirista Jeff Loveness buscaram atingir o grau de grandiosidade que faltava a franquia. Com um cenário deslumbrante e criaturas carismáticas o Reino Quântico entra para o panteão dos mundos fantásticos da Marvel junto da Asgard de Thor, do Espaço de Guardiões da galáxia e da Wakanda de Pantera Negra. No entanto, o cenário feito inteiramente por CGI, pode parecer cansativo para aqueles que preferem ver algo com um pé na realidade. Com inspirações que vão de Star Wars a Perdidos no Espaço, o filme dá a seus personagens uma simples missão: explorar as maravilhas e perigos que este local tem a oferecer a fim de encontrar uma maneira de voltar para casa. É aqui, no entanto que Quantumania começa a apresentar seus problemas e dar evidencia de que pode ter havido alterações na história desde que o primeiro trailer foi divulgado em 24 de outubro de 2022. Como visto nos trailers, os membros da família são divididos em dois grupos ao chegar ao Reino Quântico. A decisão de isolar Scott e Cassie dos demais parecia acertada, dando tempo para que a relação entre pai e filha fosse explorada ao máximo, afinal Scott perdeu cinco anos da vida de Cassie devido aos eventos de Vingadores Guerra infinita (2018) . Uma situação complexa que poderia aprofundar os dois personagens com uma história abordando a culpa que o Homem-Formiga carrega por não ter podido ver sua filha crescer, resultando numa jornada onde os dois teriam que superar tanto seus traumas quanto suas diferenças. O filme, porém, apenas arranha essa superfície com um dialogo que indica que Cassie possui certo ressentimento em relação à ausência de seu pai, mas um pedido de desculpa depois o assunto já está resolvido, e não se fala mais nisso. Apostando apenas no amor paternal para se conectar com o público, o resultado, apesar de atingido de forma satisfatória, graças ao carisma de Scott Lang, não deixa de ser frustrante diante do que havia sido prometido, uma vez que ambos os personagens acabam completamente esvaziadas numa trama clichê que não evolui em nada o que já sabíamos sobre eles. Tanto Scott quanto Cassie terminam o filme exatamente como começaram. Se essa mudança de direcionamento da trama acaba afetando o desenvolvimento do personagem de Paul Rudd, o resultado é pior para a estreante Kathryn Newton. Sua Cassie Lang é reduzida apenas a uma adolescente descolada, com motivações rasas, capaz de conquistar a confiança de todos ao seu redor apenas por ser legal. Diferente de outras personagens já apresentadas pela Marvel, como Kate Bishop (Hailee Steinfeld) em Gavião Arqueiro e Kamala Khan (Iman Vellani) em Ms. Marvel, tudo na concepção de Cassie pode ser respondido com “porque sim”. Ela é inteligente porque sim, ela é legal porque sim, ela se importa com outros porque sim, ela tem um super traje porque sim, e se torna uma heroína porque sim. No outro grupo o resultado não é diferente. Separada de seu parceiro, a Vespa se torna somente uma ferramenta para resolver todos os problemas que se apresentam ao longo da jornada. Já Hank Pym parece estar lá só por estar. Nenhum dos dois tem um grande desenvolvimento, apenas reagindo ao que acontece ao seu redor. A exceção aqui está na personagem de Michelle Pfeiffer. Se aprofundando no passado da personagem e nos anos que passou presa no Reino Quântico até ser resgatada no final do segundo filme, a história coloca Janet como uma espécie de guia através deste ambiente desconhecido, apresentado aos personagens e ao publico toda a cultura, tecnologia e criaturas deste lugar, bem como seu morador mais ilustre: Kang, o Conquistador . É aqui que Quantumania atinge seu ponto mais alto. Prometido como “o novo Thanos”, o vilão surge como uma figura imponente e ameaçadora, digna do “nível Vingadores”. De volta ao MCU após fazer sua estreia em Loki (2021), Jonathan Majors brilha com uma atuação que combina charme com ameaça para dar à Kang uma identidade própria, que foge completamente das comparações com o “Titã Louco” interpretado por Josh Brolin. Se for para comparar com algum outro vilão da cultura pop, Kang se assemelha muito mais a Darth Vader e assim como o antagonista de Star Wars, Kang se apresenta como alguém calmo e indiferente, mas que pode ser muito perigoso quando libera sua fúria. Se utilizando de muitos flashbacks, o filme explica as origens do vilão e seus objetivos, detalhando de maneira bem expositiva todo o perigo que ele representará para o futuro do Multiverso . Porém, nem uma ameaça capaz de extinguir linhas temporais inteiras consegue tirar Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania da zona de conforto. Como dito acima, enquanto os trailers apontavam para uma história mais séria e com consequências drásticas para a franquia, o filme acabou optando por jogar no seguro numa trama mais “família” cujos obstáculos que se apresentam aos heróis são resolvidos quase instantaneamente e a seriedade é substituída pelas velhas piadas de sempre que horas são boas, horas são ruins, mas que muitas vezes tiram o peso do que está sendo visto na tela. A maior vitima desta mudança no roteiro é um velho rosto (desculpa pelo trocadilho) do MCU. Após ser dado como morto no filme de 2015, quando interpretou o vilão “Jaqueta Amarela”, Corey Stoll volta a viver o personagem, mas dessa vez com um novo codinome: MODOK . Quem acompanha os quadrinhos já devia imaginar que tornar uma figura tão bizarra quanto MODOK (uma enorme cabeça com braços e pernas), crível no cinema não seria uma tarefa fácil. E o resultado é DESASTROSO ! Com um CGI que destoa do resto do filme, a cabeça aumentada de Corey Stoll causa risos sempre que o personagem entra em cena. É impossível olhar para MODOK e não compará-lo com o Sr. Elétrico , vilão do filme As Aventuras de Sharkboy e Lavagirl (2005) , um filme do inicio da moda do 3D nos cinemas, que de tão ruim consegue conquistar o público. Mas diferente de um filme que não se leva a sério desde o princípio, Quantumania vende MODOK como o grande caçador do império de Kang. O problema é que essa ameaça não é vista em nenhum momento, pelo contrário, conscientes do ridículo, fica a impressão que nem os próprios atores levam a sério o personagem. Apesar disso, MODOK entrega, pelo menos, uma grande cena de ação (um duelo contra Cassie Lang), mostrando que sim, existe potencial, mas a falta de confiança no personagem o prende em um texto que apenas o reduz a um lacaio bobão do vilão principal, e da para sua melhor cena um desfecho vergonhoso, onde ambos, Cassie e MODOK, protagonizam um dos piores diálogos da história do MCU. No final, Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania não consegue dar a guinada que a franquia pretendia. Mesmo com um cenário grandioso e a apresentação do vilão que dá nome a futura quinta aventura dos Vingadores, a sensação que se tem ao deixar a sala de cinema é de que o filme é mais do mesmo. A falta de consequências para a história enfraquece cada um dos personagens, principalmente os estreantes. Até mesmo Kang sai um pouco chamuscado. As mudanças feitas no roteiro (cada vez mais perceptíveis à medida que o final se aproximava) para tornar o filme mais próximo do tom dos anteriores apenas frustram os fãs que esperavam algo mais impactante vindo do filme que, após uma Fase 4 complicada e repleta de críticas (um pouco exageradas em minha opinião), daria início a nova fase da Saga do Multiverso . Após duas cenas pós-créditos muito importantes, que conseguem levantar novamente o hype do fã, só nos resta esperar e confiar que dias melhores virão.
- Creed III: Rocky faz falta? | Crítica
Em seu terceiro round, Creed estabelece seu legado, mas a sombra de Balboa ainda paira sobre o ringue. Iniciada em 1976 com o filme Rocky: Um Lutador , a história de Rocky Balboa (Sylvester Stallone) um pugilista ítalo-americano fracassado, que trabalha como cobrador de dívidas de um agiota, mas que recebe uma chance de enfrentar o campeão mundial de pesos pesados vem conquistando o público há gerações. Com um orçamento de pouco mais de US$1 milhão, e ganho de US$225 milhões em bilheteria global, o filme lançou o nome de Stallone ao estrelato, e o sucesso de público rendeu à franquia mais quatro filmes até 1990. Apostando menos no drama e mais ns veia pop do personagem, a qualidade dos filmes foi caindo gradativamente (o que não quer dizer que Rocky IV não seja um clássico digno da reverencia dos fãs). Mas após um quinto capitulo muito criticado, inclusive por seus fãs, a franquia entrou em hiato até ser resgatada em 2006 com Rocky Balboa , filme que volta às origens do personagem, mostrando um Rocky mais velho e calejado pela vida. O filme encerra de forma digna a carreira de Rocky nos ringues, um alívio para os fãs que estavam ávidos por uma conclusão mais respeitosa para a saga de seu herói. Nove anos depois a franquia encontrou novo gás com Creed: Nascido para Lutar (2015) . O filme que conta a história de Adonis Creed (Michael B. Jordan) , filho do antigo campeão, rival e amigo de Rocky, Apollo Creed (Carl Weathers) , que quer entrar para o mundo do boxe e para isso busca pela ajuda do “Garanhão Italiano” em pessoa, foi um sucesso de público e crítica. Stallone e Michael formaram a dupla ideal, ambos brilham na pele de seus personagens, com atuações emocionantes. O filme ainda rendeu a Stallone uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante no ano de 2016. Sua segunda indicação desde o Oscar de Melhor Ator em 1977, exatamente por Rocky. O sucesso garantiu uma continuação em 2018. Creed II aprofunda o laço entre os personagens, amarra todas as pontas da história de Rocky, permitindo que o ex-lutador finalmente possa descansar, e mostra toda a força do personagem de Jordan, permitindo que Adonis possa finalmente voar solo. Eis que temos Creed III (2023) . O terceiro filme da saga de Adonis chega com algumas duvidas a sanar. Afinal, ainda há histórias para serem contadas depois de nove filmes (somando toda a antologia Rocky)? Creed tem força para segurar o filme sem a presença de Balboa? Estreando na direção, Michael B. Jordan responde que sim! Na trama, encontramos Adonis curtindo a aposentadoria ao lado da esposa Bianca (Tessa Thompson) e da filha Amara (Mila Davis-Kent) . Promovendo as lutas ao invés de trava-las, as batalhas de Adonis agora são um pouco mais mundanas, como ensinar a filha, fascinada pelo mundo do boxe, que nem tudo pode ser resolvido com um soco. A dinâmica familiar é com certeza o coração do filme, Michael e Tessa estão em perfeita sincronia, entregando momentos divertidos e tocantes, mas é a pequena Mila que rouba a cena com sua doçura e inocência, cativando o público desde o primeiro minuto em tela. A relação dos três é perfeitamente natural, passando a sensação de que são de fato uma família. Ver Adonis fingindo perder uma luta para Amara e a pequena desfilando com o cinturão pelo ringue é um dos momentos mais preciosos do filme. Mas tudo muda com a chegada de Damian Anderson (Jonathan Majors) , um amigo de infância de Adonis que esteve preso por muitos anos e retorna agora com apenas um desejo: se tornar o Campeão Mundial dos Pesos Pesados. Sentido que deve algo ao velho amigo, Adonis se compromete a ajudar, mas não demora muito para perceber que Damian não medirá esforços para conseguir o quer. Majors novamente entrega uma atuação de primeira, comprovando todo seu talento e versatilidade, dando a Damian uma profundidade até então nunca vista nos antagonistas da saga. Desde o momento em que são reveladas as motivações de Damian, já se sabe que o filme caminha para o momento em que Adonis larga a aposentadoria para subir no ringue e enfrentar não só o amigo, mas também seu passado. Mas apesar do roteiro previsível, Jordan não deixa seu filme cair na mesmice. Além de focar nas relações entre os personagens, o novo diretor tem nas sequencias de luta seu grande trunfo para tornar o filme uma experiência emocionante e inesquecível para toda uma nova geração. Não é segredo pra ninguém o quanto Michael B. Jordan é fã de animes, e o ator usa as animações japonesas como inspiração para dirigir suas lutas, dando um ar de novidade a franquia. As referencias estão por todo lugar, desde o calção vermelho usado por Adonis que remete a roupa do personagem Shotaro Kaneda em Akira (1988) , até golpes que parecem ter saído direto do anime Dragon Ball Z . Quem não se lembra dos famosos socos de Goku, que de tão poderosos, afundavam o estomago dos oponentes até quase sair pelas costas, como se eles fossem feitos de borracha? Não, o filme não tem nada tão exagerado, mas Jordan homenageia o estilo de Akira Toriyama ao focar na curvatura das costas dos personagens no momento do golpe. As longas encaradas entre os oponentes, a câmera que se move de baixo para cima, valorizando os corpos musculosos dos dois guerreiros, são outros elementos da franquia que inspiram a composição do filme. Creed III é um filme excelente, e compre seu propósito. Mantem a franquia viva e estabelece o legado de Adonis Creed como um personagem forte e icônico para toda uma nova geração. No entanto, por mais que o filme funcione sem Sylvester Stallone, a falta de Rocky é sentida em alguns momentos. É difícil não imaginar que Creed buscaria os concelhos de Balboa sobre toda a situação com Damian, assim como é estranha à ausência do antigo mentor em momentos chave da história, principalmente quando Adonis sobe no ringue. Falta a presença de Balboa no corner de Adonis, falta sua vivencia, sua sabedoria, àquela química entre os dois que era tão incrível nos filmes anteriores. A disputa pelos direitos de Rocky entre Stallone e Irwin Winkler , produtor de longa data da franquia, seria o maior motivo para a ausência do astro no filme. Stallone, ingenuamente, vendeu os direitos da franquia Rocky a Winkler, quando ainda era um ator iniciante. A disputa piorou após o anuncio de um spin-off focado no vilão Ivan Drago (Dolph Lundgren) , pois Stallone alega que não foi consultado sobre a utilização do personagem que ele criou para Rocky IV (1985) . Como um fã, espero que essa disputa possa ser resolvida para que possamos ver Adonis e Rocky reunidos novamente. E que venha Creed IV!
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